Dados Técnicos
Compactos e de uso ao Tempo, as Cabines de Média Tensão, chamadas também de Cubículos Blindados ou Subestação Blindada, são fabricadas atendendo a NTC 903100.
Cubículos Blindados ou Subestação Blindada de Média Tensão de 17,5kV
Tensão nominal isolação |
17,5kV |
Tensão de serviço |
13,8kV |
Tensão auxiliar (comando) |
115Vca (TP interno + NoBreak) |
Tensão auxiliar (aquecimento) |
115Vca (TP interno) |
Corrente nominal de curta duração admissível |
16kA |
Corrente nominal |
400A |
Grau de proteção |
IP54 (uso ao tempo) |
Cor |
MUNSELL N6,5 |
Acesso para manutenção |
Traseiro |
Entrada |
Inferior (Cabos) |
Saída |
Inferior (Cabos) |
Tipo das conexões para cabos |
Muflas |
Tabela 01 - Cubículos Blindados
Tabela de afastamentos mínimos entre os condutores nus fase-fase e fase-terra |
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Cabina Metálica |
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Tensão Nominal |
13,8 kV |
34,5 kV |
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NI |
95 kV |
110 kV |
145 kV |
170 kV |
Distância mínima em milímetros entre barra energizada e: Parede, Teto, Fase-Fase |
160 mm |
180 mm |
270 mm |
320 mm |
Distância mínima em milímetros entre barra energizada e: Anteparo, Tela, Grade Metálica |
160 mm |
180 mm |
270 mm |
320 mm |
Tabela 02 - Cubículos Blindados
Capacidade de Condução de Corrente em barras chatas de cobre (nus) montagem em cutelo (orientativo) |
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Dimensões |
Seção mm |
Massa (kg/m) |
Corrente (A) |
3/4 x 1/4 |
120,97 |
1,0781 |
335 |
1 x 1/4 |
161,29 |
1,437 |
410 |
1 ½ x 1/4 |
241,94 |
2,231 |
565 |
2 x 1/4 |
322,58 |
2,875 |
730 |
2 ½ x 1/4 |
403,23 |
3,594 |
900 |
3 x 1/4 |
483,87 |
4,312 |
1025 |
4 x 1/4 |
640,88 |
5,75 |
1255 |
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Condutividade: 97,40 – 98,70 % IACS |
Características Técnicas
APRESENTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS - Cubículos Blindados ou Cabines de Média Tensão
Critério Utilizado para definição da proteção geral dos cubículos blindados, cabines de MT ou subestação blindada.
Nas instalações com potência de transformação superior a 300 kVA, a proteção geral deverá ser feita através de disjuntor de média tensão com atuação comandada por relé secundário (funções 50/51 e 50/51N).
Principais Características dos Cubículos Blindados de Média Tensão ou Subestação Blindada segundo a NTC 903100
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A cabine de média tensão deverá ser dotada de tampa metálica para proteção contra contatos acidentais às partes vivas do seu interior e a penetração de água, com os seguintes graus de proteção, conforme a ABNT NBR IEC 60529:
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Para uso externo IP44: IP4X contra penetração de objetos sólidos ≥ 1,0 mm de diâmetro e IPX4 contra projeções de água.
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Para uso interno IP20: IP2X contra penetração de objetos sólidos ≥ 12,5 mm de diâmetro e IPX0 não protegido contra penetração de água.
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A cabine deverá ser provida de grade metálica de arame galvanizado com malha máxima de 20 mm, instalada imediatamente após a tampa ou porta.
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As tampas, portas e demais partes metálicas deverão receber tratamento anti-corrosivo e pintura adequados às condições em que serão instaladas.
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O módulo de medição em alta tensão deverá possuir dispositivos para colocação de lacres na grade interna.
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O sistema de ventilação da cabina deverá ser dimensionado em função da característica específica do projeto.
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O piso da cabina poderá ser construído em concreto, em alvenaria ou aço carbono, devendo ser dimensionado em função do peso dos equipamentos e atender às seguintes características:
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Possuir resistência mecânica suficiente para não sofrer deformações permanentes devido ao peso de pessoas e de equipamentos.
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Ser fixado à estrutura do invólucro metálico de maneira que não possa ser removido por ações externas a este módulo.
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Não permitir o acesso de pequenos animais, mesmo que seja pelas linhas de dutos que convergem para este módulo.
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Quando o piso da cabina for construído em chapa de aço carbono deverá possuir as mesmas características de tratamento da chapa utilizada na confecção do invólucro.
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O invólucro metálico deverá receber tratamento anti-corrosivo e pintura adequados às condições de instalação.
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Em cabines metálicas de média tensão nos módulos de medição e de proteção deverão ser previstos sistema de aquecimento que possua um termostato com sensor instalado no módulo de proteção; o termostato deverá possuir fácil ajuste entre as temperaturas de 25 a 30°C, com um diferencial máximo de 5°C, a potência mínima exigida para os resistores será de 70 W/m³.
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Em cabines metálicas de média tensão, as portas frontal, e traseira quando houver, dos módulos deverão ser dotadas de venezianas localizadas nas parte superior e inferior, de modo a permitir a circulação do ar no interior do mesmo.
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Em cabines metálicas de média tensão, o módulo de medição deverá ser provido de portas frontal e traseira e internamente a esta porta deverá existir tela de proteção metálica de arame galvanizado de seção mínima 2,1 mm e malha máxima de 20 mm. Estas aberturas deverão possuir dispositivos para colocação de lacre.
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Deverá possuir compartimento próprio para a instalação de chave seccionadora tripolar, situado antes do compartimento do disjuntor de alta tensão, provido de visor que permita a visualização das lâminas da chave seccionadora ou outra sinalização de ausência de tensão.
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Deverá ser instalado um dispositivo de intertravamento mecânico entre a chave seccionadora e o disjuntor geral.
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As partes metálicas das instalações da entrada de serviço tais como: carcaças de transformadores, pára-raios, equipamentos, caixas de medição, portas, janelas e suportes metálicos, deverão ser ligados diretamente ao sistema de aterramento através de condutores de cobre com seção mínima de 25 mm² ou de aço cobreado seção 35 mm².
Relé Secundário de Proteção - Cubículos blindados, Cabines de Média Tensão ou Subestação Blindada
O relé deverá ser eletrônico microprocessado e atender às seguintes características básicas:
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Conter as funções 50/51, 50/51N e 74 (supervisão do circuito de trip) em uma única peça;
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Ser providos de IHM (interface homem/máquina) para a parametrização e verificação dos ajustes.
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Possuir dispositivos para lacres na tampa frontal de acesso à IHM do relé;
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Disponibilizar através de indicação por LED ou display, no mínimo, os seguintes estados:
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abertura por fase – 50/51F;
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abertura por neutro – 50/51N;
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Possuir curvas-padrão pré-ajustadas Normal Inversa, Muito Inversa e Extremamente Inversa, tanto para faltas entre fases como para faltas a terra. As curvas devem seguir o padrão da norma IEC.
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Possuir função de auto-check e contato de watch dog para sinalização em caso de falha de funcionamento.
Caixa do Sistema de Proteção - Cubículos blindados ou Subestação Blindada
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O sistema de proteção deverá possuir uma caixa conforme apresentada na Figura abaixo:
A caixa do sistema de proteção conterá no mínimo:
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Componentes no interior da caixa:
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relé secundário de proteção de sobrecorrente;
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fonte capacitiva para alimentação do relé e/ou do circuito de disparo (trip);
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disjuntor geral do circuito de alimentação;
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relés auxiliares K1 e K2 com bobinas de alta impedância (acima de 8 kΩ) e com 1 contato reversível ou 1 contato NA e 1 contato NF;
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dispositivo para monitoramento da continuidade do circuito de trip (função 74);
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régua de bornes para ligações do circuito de proteção e bloco de aferição para conexão do circuito de corrente dos TCs;
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Tampa com dispositivo para lacre e os seguintes itens acessíveis externamente:
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Botão e lâmpada teste da fonte capacitiva;
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Botão de disparo do disjuntor MT;
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Acionamento de reset na IHM do relé;
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Dispositivo para lacre de modo a impedir alterações dos parâmetros do relé (quando aplicável);
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Plaquetas de metal, acrílico ou policarbonato, rebitadas ou parafusadas para identificar as sinalizações e botoeiras. Não serão aceitas etiquetas adesivas.
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