Problemas elétricos são causa de mais de 50% das falhas críticas em data centers

A boa notícia é que o mercado já oferece alternativas seguras que ajudam a prevenir incêndios, utilizando tecnologia para minimizar esses riscos
Data centers são responsáveis por armazenar e processar dados críticos para empresas, governos e serviços financeiros. Mesmo com tudo operando na nuvem, de fotos pessoais a transações bilionárias, essa infraestrutura ainda depende de aço, cabos e energia elétrica, que se tornam vulneráveis ao fogo.
Nos últimos anos, uma série de incêndios em data centers no Brasil e no exterior acendeu o alerta sobre a fragilidade elétrica e a ausência de sistemas preventivos adequados em infraestruturas críticas. O mais recente, registrado em março de 2025 em um data center em Barueri (SP), expôs de forma dolorosa essa vulnerabilidade. O incidente, causado por um curto-circuito em um dos painéis de energia, deixou boa parte da conectividade paulista instável por horas. Serviços de internet, sistemas de pagamento e provedores foram afetados.
“Foi um lembrete de que o coração digital do país pulsa em poucos prédios e depende de estruturas extremamente sensíveis. Quando um data center para, a economia digital sente o impacto imediatamente”, resume Fábio Amaral, Engenheiro Eletricista e CEO da Engerey Painéis Elétricos.

Fábio Amaral, Engenheiro Eletricista e CEO da Engerey Painéis Elétricos
O caso brasileiro não é isolado. Em 2023, um incêndio destruiu parte de um data center em Estrasburgo, na França, derrubando milhares de sites europeus, de lojas virtuais a órgãos públicos. No ano seguinte, um incêndio na instalação do Google Cloud em Iowa (EUA) deixou serviços fora do ar e expôs o risco do superaquecimento elétrico.
Segundo o Uptime Institute, mais da metade das interrupções impactantes em data centers é causada por problemas na energia elétrica on-site, isto é, no próprio data center; estudos recentes apontam para valores entre 45% e 54%.
Por trás da complexidade digital, os data centers dependem de uma rede elétrica estável e ininterrupta. O problema é que essa infraestrutura, quando sobrecarregada, torna-se um potencial ponto de ignição.
Curto-circuitos, mau contato, falhas em barramentos e ausência de redundância são fatores que podem iniciar incêndios devastadores. “Muitos empreendimentos ainda operam com painéis elétricos sem certificação ou sem monitoramento inteligente. É como pilotar um avião sem painel de controle”, afirma Fábio Amaral.
E os efeitos são multiplicadores, explica Amaral: “Um foco de calor pode gerar desligamentos automáticos, perda de dados, danos a equipamentos e, em casos extremos, colocar vidas em risco.”
Tecnologia como prevenção
A boa notícia é que o mercado já dispõe de alternativas seguras para minimizar esse risco. Entre elas estão os painéis elétricos PrismaSet, que contam com certificação internacional IEC 61439 e são fundamentados em continuidade de serviço e segurança de operação. Por terem sensores wireless acoplados em seus componentes, oferecem monitoramento contínuo de seus status, detectando variações de temperatura, gases ou umidade dentro do painel em tempo real.
Além disso, ele traz sistemas de proteção contra sobrecargas, por exemplo, que interrompem uma fuga de corrente antes que ela se torne um acidente.
"O PrismaSet é uma alternativa segura porque permite enxergar o que está acontecendo dentro da infraestrutura elétrica em tempo real”, explica o CEO da Engerey. “Em ambientes críticos como data centers, isso é o que separa uma operação estável de uma catástrofe.”
Além da detecção precoce, o sistema possibilita manutenção preditiva, redução de tempo de inatividade e maior eficiência energética, fatores que se traduzem em continuidade operacional e economia de longo prazo.
“O problema é que, muitas vezes, a prevenção só ganha prioridade depois de um incidente grave. Precisamos inverter essa lógica. À medida que o país amplia sua infraestrutura digital, com mais data centers e demanda crescente por IA e computação em nuvem, a resiliência elétrica se torna tão estratégica quanto a capacidade de processamento", conclui o especialista.



