Evasão nos cursos de Engenharia. Incentivo pode ajudar alunos a se formarem.


Publicado em 30/03/2016Segmento: Sala de Imprensa



Motivos não faltam para o estudante Wagner Antônio Benato comemorar. Ele acaba de concluir o curso de Engenharia Elétrica pela Universidade Tuiuti do Paraná, passando a integrar uma pequena lista de formandos ligados à área.

Atualmente, mais da metade (55%) dos estudantes de Engenharia do Brasil abandona o curso, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), permanecendo na faculdade apenas alguns semestres.

Em alguns casos, a margem chega a 90% de desistência. Como na turma de Wagner que iniciou em 2010 com 34 alunos e finalizou em 2016 com apenas 3. E não foi a primeira vez que ele presenciou tal fenômeno. Quando cursou superior em Eletrotécnica pela UTFPR em 2000, de uma turma de 44 alunos, formou-se com apenas mais um colega em 2005.

A escolha prematura do curso e a deficiência na formação básica dos estudantes em Matemática estão entre as causas da evasão. "Para ingressar e permanecer nesta área é preciso gostar de cálculo. Desde pequeno gostei muito de matemática e física. Me envolvia em tudo que podia nesta área. Hoje, atuo na área de projetos, e uno prática com teoria o tempo todo. Pretendo me aperfeiçoar ainda mais", conta Wagner.

Mas, não é só a paixão pela matemática que garante que os alunos de Engenharia terminem os cursos superiores. Oportunidades em estágios e apoio das empresas onde trabalham podem ser decisivos para que o mercado receba mais profissionais da área a cada ano. Wagner conta que o apoio que recebeu da empresa onde trabalha, a Engerey Painéis Elétricos, foi fundamental para concluir os estudos. Ali pode praticar o que aprendeu na teoria, o que motivou-o a continuar.

"Grande parte dos funcionários ingressam na empresa apenas com curso técnico ou ainda cursando, e por isso é importante identificar os apaixonados pela área e incentivar a conclusão de um curso superior", diz o diretor da Engerey Fábio Amaral.

A empresa já integrou na sua rotina desde 2004 o estímulo a estudantes, com um programa de estágios que contempla a abertura de 7 vagas anuais. Para os colaboradores que querem se aperfeiçoar e partem para um curso superior, é possível flexibilizar os horários de trabalho com os das aulas. O funcionário Alan Patrick Konhevalic inicia as aulas de Engenharia Elétrica na UTFPR em 2016 com uma grade diária que intercala trabalha com estudo. "Se não fosse isso, teria que optar em trabalhar ou estudar e na Engerey posso fazer os dois", afirma.

No Brasil, não bastasse os poucos alunos de engenharia que se formam todos os anos, é reduzido também o número de engenheiros que trabalham em sua área de formação, 41% segundo o Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

 



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